Sábado, 6 de Outubro de 2007

As seitas e a lavagem cerebral (8)

Quem Tem a Culpa?

 

Culpada a Sociedade?

 

 

As razões particulares de adesão às seitas e cultos enunciadas pelos investigadores poderão, no entanto, resultar de um contexto mais geral. A maior parte dos novos movimentos religiosos são de aparição recente no mundo ocidental. Os mórmones (membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias) surgiram em 1830, mas os raelinos (seguidores de uma religião de extraterrestres), só surgiram em 1975. Metade dos grupos hoje activos nasceram depois de 1950. A tendência acelera-se e é de notar a coincidência do aparecimento destes movimentos com o surgir da Revolução Industrial nos séculos XIX e XX. De facto, os progressos da ciência abalaram a liderança da Igreja Católica ao questionarem verdades tidas absolutas pelo crente (Vernette, 2002). No século XX, a racionalidade tornou-se a medida última de todas as coisas, substituindo com rapidez a espiritualidade e as crenças religiosas. No curso da Revolução Científica ocidental, todas as coisas que tivessem a mínima relação com o misticismo eram desqualificadas como resquício da "Idade das Trevas" (S. Grof & C. Grof, 1995). O processo de secularização, segundo o qual as instituições religiosas perdem a sua significação social, veio acentuar a tendência. E a revolução tecnológica que se iniciou pode acelerar o movimento (Vernette, 2002).

Então, será culpada a sociedade pelo aparecimento das seitas/cultos? Talvez. É a sociedade, em conivência com a família, que com a sua permissividade, a sua passividade, o seu consumismo, a sua insolidariedade, gera delinquentes, toxicodependentes, sectários, fanáticos e destruídos, libertinos que se tornam "verdugos da mãe que os gerou". A crise das estruturas sociais e tradicionais, dos modelos culturais, dos grupos tradicionais e dos valores, causada pela industrialização, pela urbanização, pela migração, pelo rápido desenvolvimento, pelos sistemas de comunicação, pelos sistemas racionais tecnocráticos, etc., deixaram muitos indivíduos confusos, desarraigados, inseguros e, portanto, vulneráveis às seitas e cultos (Prieto, 1994). Com efeito, as sociedades industrializadas criam estruturas despersonalizantes que geram situações de crise a nível individual e colectivo. Estas situações levam ao aparecimento das aspirações e das necessidades que as seitas e cultos dizem poder satisfazer facilmente (Vernette, 2002).

Estamos e vivemos numa sociedade descaradamente materialista, despersonalizada, carecida de valores, de modelos culturais e de líderes catalisadores, carecida de objectivos válidos e de sentidos últimos, de visões grandiosas da vida e da história. Muitas pessoas sentem-se inquietas consigo mesmas (crise de identidade) e com o futuro (desemprego, perigo de guerra nuclear, terrorismo, etc.). Outros problemas estão relacionados com a noção de verdade e do seu fundamento; incerteza e falta de confiança na política; domínio económico e ideológico; significado da vida, de si próprio e dos outros, dos acontecimentos, das situações, das coisas do além... A nossa sociedade é fria, agnóstica, materialista e pragmática; por isso têm mais êxito as ofertas de amizade, de amor, de espiritualidade e de idealismo que as seitas e os cultos oferecem. O homem sente-se como um simples número no meio da massa dos viventes. Por isso, muitos crêem e querem encontrar esses valores nas seitas (ou cultos) (Prieto, 1994).

Todos os analistas estão de acordo em que o ambiente frio, desumanizado, despersonalizado, rasteiro e consumista é que obriga muitos a "emigrar", como as aves no Inverno, para o clima "mais quente" das seitas/cultos. O homem actual sente-se perdido no meio do mundo, no meio de uma sociedade que o "atira pela borda fora", o arrasta e o leva como uma torrente de pessoas em que está encaixado. O mundo e a existência parecem-lhe caóticos: não sabe donde vem nem para onde vai, nem quem organizou isto, esta "máquina" na qual é um "parafuso" insignificante que se move com o conjunto. As seitas/cultos oferecem um produto de que o homem moderno sente especial necessidade: a segurança. Nisso estão de acordo todos os sociólogos e psicólogos das seitas/cultos (Prieto, 1994).

O homem moderno não tem uma norma, tem falta de orientação, falta de participação na tomada de decisões e falta de respostas reais aos seus problemas reais. Por outro lado, tem medo por causa das várias formas de violência, de conflito, de hostilidade, medo de um desastre ecológico, da guerra e do holocausto nuclear, dos conflitos sociais, etc. Em resumo: tem que se dizer que o homem moderno sofre de insegurança e angústia; por isso, muitos recorrem às seitas e cultos para pacificar esses estados de alma. Estas organizações têm êxito porque a sua oferta responde à procura (Prieto, 1994).

E a família, como parte da sociedade, também terá culpa? A fuga para essas organizações sectárias por parte de muitos, principalmente jovens, acusa as suas famílias, que choram desesperadamente a sua situação, porque foi ocasionada pela falta de hospitalidade da própria família, pela conflitualidade vivida, pela falta de autoridade moral, por serem a causa de crises psicológicas dos seus filhos ou por não lhes estenderem a mão para superarem as que têm outras origens, pelo farisaísmo nas práticas religiosas e por não terem dados aos seus filhos uma adequada educação religiosa. O clima "carregado" que se vive no lar, pode levar a que os filhos queiram passar o dia no local da seita (ou culto) e não queiram voltar para casa. Para muitos jovens a filiação numa destas organizações é uma forma de contestação à sociedade de que não gostam, à religião tradicional, aos modos convencionais da sociedade (Prieto, 1994).

O homem moderno sente-se inseguro e perdido no meio da nossa sociedade, em conflito, em tensão, e por isso busca refúgios, saídas para a sua situação de angústia inconsciente. Para uns essa saída é a droga, para outros a diversão louca e contínua, para outros as seitas e os cultos, e finalmente, para outros, a situação extrema e dramática do suicídio. Em não poucos casos, principalmente os jovens, escolhem as seitas austeras e ascéticas, como reacção e fuga ao aburguesamento suave, contra o facilitismo pateta, contra o consumismo rasteiro. Fascinados pelo heróico, pelo difícil, pelo diferente, rumam para essas organizações religiosas que pregam a austeridade, a morigeração e o domínio de si mesmo (Prieto, 1994). Salarrullana (citada por Prieto, 1994) oferece-nos os resultados de um inquérito da Comissão Interministerial para a Juventude de Espanha, feito a 1571 jovens espanhóis, de idades compreendidas entre os 14 e os 19 anos, e residentes em cidades com mais de 10 000 habitantes. São jovens ex-adeptos de seitas/cultos, que além de responderem a um questionário, foram submetidos a 10 entrevistas e a 2 grupos de discussão. Este inquérito teve como objectivo traçar o retrato falado de um jovem-possível-sectário. Os dados revelam que os jovens "captáveis" não são nem os filhos dos que fizeram a guerra civil espanhola, nem os filhos dos que fizeram a transição democrática. São jovens da classe média burguesa mais ou menos alta. Não tiveram que lutar por nada. São filhos dos que, durante a época franquista, se instalaram numa classe média burguesa. O que têm e são encontraram-no já feito pelos seus pais e avós; é uma geração que se podia definir como «consumidores de soluções imediatas». Queixam-se de tédio, de falta de comunicação, de falta de ideias e de desorientação. Por isso não é nada estranho que haja uma surpreendente coincidência entre as buscas dos jovens e a oferta das seitas/cultos. A associação ideal a que queriam pertencer teria que oferecer as seguintes oportunidades e ter as seguintes características:

     

  • conhecer pessoas e fazer amigos (96%);
  •  

     

  • permitam participar directamente nas actividades e sentir-se útil (95.7%);
  •  

     

  • que as decisões sejam tomadas entre todos igualmente (93.9%);
  •  

     

  • que estimule os associados e os ensine a conviver (93.7%);
  •  

     

  • que permita realizar diferentes actividades (93%);
  •  

     

  • que faça sentir-se feliz (92.9%);
  •  

     

  • que potencie o sentido de responsabilidade (91.1.%);
  •  

     

  • que sirva de orientação para resolver problemas (90.5%);
  •  

     

  • que faça a pessoa sentir-se estimada (87.7%);
  •  

     

  • que pratique e potencie a vida ao ar livre (85.9%);
  •  

     

  • que permita a participação de ambos os sexos (85.8%);
  •  

     

  • que a organização tenha algum género de estrutura organizada (85.4%);
  •  

     

  • que ajude a confirmar a personalidade dos seus membros (85.4%);
  •  

     

  • que ajude realmente nos problemas pessoais (84.6%);
  •  

     

  • que não seja hierárquica nem se reja pelas decisões de um líder (80.5%);
  •  

     

  • que tenha dirigentes bem preparados (79.8%);
  •  

     

  • que tenha ideais próprios que a torne diferente (70.6%);
  •  

     

  • que seja aberta e não-elitista (61.7%);
  •  

     

  • que tenha uma certa homogeneidade de pensamento (50.1%).
  •  

Inonue (citado por Prieto, 1994), investigador japonês de seitas/cultos, afirma que este fenómeno social no Japão deve-se ao sentimento de vazio que invade os jovens. Nascidos num mundo de abundância, os jovens não se sentem estimulados a enriquecer mais e o que procuram é um sentimento de plenitude psicológica, uma motivação real.

Aos desiludidos, sobretudo jovens, as seitas/cultos apresentam-se como uma sociedade alternativa, face à velha "sociedade contaminada". Face a contravalores apresentam os verdadeiros valores que fazem com que os homens se sintam felizes. Face a uma família anquilosada e hipócrita apresentam uma família «pura e autêntica» e um novo lar (a comunidade) que irradia paz e compreensão. Frente ao individualismo que cria a indefesa e a insegurança, a fusão num grupo/unidade biológica, que isola e protege. Face ao racionalismo frio e insatisfatório, o dogma e o irracional, o mágico e o pseudocientífico, que decifram os mistérios da natureza e do ser humano. Frente à angústia e à insegurança, a segurança que dá a confiança depositada no dogma e no líder. Face ao trabalho explorador e avarento, o trabalho gratuito e entusiasmado por uma "causa". Face ao lucro e ao consumismo como motores da existência, o esforço desinteressado e o sacrifício motivado. Frente à falta de pontos de referência claros e seguros, a existência de objectivos claros e concretos que dinamizem a vida diária (Prieto, 1994).

Mas, não se trata apenas de jovens. As pessoas idosas interessam pelas mesmas razões aos novos «mercadores de Deus». Solitários tantas vezes, os idosos são, de facto, mais facilmente seduzidos por essas pessoas bondosas que passam a fazer-lhes visitas ao domicílio, lhes oferecem uma mensagem de elevada tonalidade espiritual e lhes prestam uma ajuda benévola para fazer recados ou a limpeza da casa. Em troca, como recusar uma dádiva financeira? No cofre de Jim Jones, o chefe da Seita do Templo do Povo, foram encontradas numerosas ordens de pagamento de pessoas de idade avançada (Vernette, 2002).

As seitas e cultos parecem, assim, satisfazer tais aspirações no plano afectivo e intelectual, bem como a compensação de determinadas carências. Que carências são essas, que são igualmente razões aparentes de sucesso destes novos movimentos religiosos? A procura de pertença ou de comunidade, em reacção contra uma sociedade dura e despersonalizante. A necessidade de respostas precisas, de factores de segurança num mundo em mudança rápida e no qual as certezas tradicionais parecem ceder perante as invectivas das constantes controvérsias. A busca de integralidade numa harmonia total, psicocorpórea e psicoespiritual, a qual dará origem, sobretudo, a um crescimento de grupos de terapia que funcionam como religiões de substituição. A necessidade de reconhecimento social, de participação e de empenhamento activo, em especial nas camadas socialmente desfavorecidas. A reivindicação de identidade cultural, pela promoção de cultos autóctones, nomeadamente em países do Terceiro Mundo. A busca de transcendência e de experiência religiosa pessoal directa, que não é saciada numa civilização altamente tecnicista e que parece ter perdido a própria alma. A procura duma direcção espiritual e dum chefe carismático para «seguir o caminho certo». A aspiração a uma visão positiva do futuro, como uma «nova idade» do mundo, quando o medo colectivo cresce com a violência, os conflitos armados, as perturbações planetárias, as ameaças de pandemias, as alterações climáticas... Os temas do discurso destes grupos tornaram-se, aliás, bastante próximos. Anunciam o fim deste mundo com o início do século XXI e a entrada da era astrológica de Aquário. Oferecem refúgio garantido na sua Arca de Salvação para atravessar o apocalipse que se avizinha. Afirmam que regressaram à autêntica leitura da Bíblia e ao cristianismo primitivo (Vernette, 2002).

Outros dizem estar a abrir o caminho da serenidade pela exploração da via interior, graças a métodos importados do Oriente (Yôga, Zen, Reiki, etc.) ou a técnicas de desenvolvimento pessoal do Movimento do Potencial Humano. Cada qual garante, com impressionante convicção, ser detentor da Verdade absoluta, dos segredos para a cura da alma e do corpo, e fornecer os fundamentos garantidos da Paz Universal (Vernette, 2002).

Um movimento de inspiração anglo-saxónica está a espalhar-se como "o fogo no mato" em meios francófonos, depois de ter invadido os meios germanófonos: o New Age ou «Nova Idade» (Vernette, 2002). Segundo Vernette (1995, 2002), a New Age é um «novo paradigma», isto é, uma nova maneira de ver as coisas em todos os domínios. A ideia essencial da New Age é que a humanidade, na véspera da próxima mudança de era, com a passagem da era astrológica de Peixes para a de Aquário, está prestes a entrar numa idade nova de tomada de consciência espiritual e planetária, ecológica e mística, de harmonia e de luzes, marcada por mutações psíquicas profundas. A New Age representa um conjunto de práticas aparentemente heteróclitas, mas unificadas por uma visão de humanização total, «holística»: técnicas de «expansão da consciência»; medicinas da alma; Astrologia; canalização ou comunicação com entidades do "mundo invisível"; domínio do corpo com as artes marciais, a caixa de isolamento sensorial ou as terapias suaves; e, domínio da natureza com a arte floral, a ecologia ou o vegetarianismo. Em suma, trata-se de reunir na unidade tudo quanto era diverso. Inclusive todas as religiões. Assistir-se-ia em particular à segunda vinda de Cristo cujas «energias» já estariam a actuar entre nós, no meio dum pulular de múltiplas buscas espirituais e de grupos religiosos característicos da nossa época.

 

 

Culpadas as Igrejas e Religiões Tradicionais?

 

 

Será o "outono" das igrejas que faz a "primavera" das seitas e cultos? Isso seria uma análise demasiado simples, mas não se pode evitar a interpretação. Se a proliferação das seitas e cultos representa indubitavelmente um problema de sociedade, também exprime, com a mesma acuidade, um problema de decadência das igrejas tradicionais (Vernette, 2002). As razões dos êxitos positivos das seitas, cultos e dos novos movimentos religiosos entre os católicos, principalmente, podem catalogar-se em diferentes níveis. Estão em primeiro lugar, em relação íntima com as necessidades e aspirações, que aparentemente não alcançam dentro das igrejas cristãs tradicionais. Muitos dos que ainda estão dentro delas e muitos que estão fora consideram estas igrejas apenas como instituições. Isso pode ser explicado pela demasiada importância dada à sua estrutura e não tratam de levar suficientemente o povo de Deus para Cristo (Prieto, 1994).

A recrudescência das seitas e cultos surge assim enquanto consequência de um certo enfraquecimento das igrejas tradicionais e não a sua causa, como seria sugerido pela expressão «a ofensividade das seitas/cultos». Responde sobretudo ao desejo potencial de certas categorias de pessoas em busca de sentido e de religioso. Esta busca manifestou-se com mais força após o fracasso do movimento de contestação dos anos 60 do século XX, que em França culminou no Maio de 68, e convidou os jovens decepcionados com a contracultura a lançarem-se na aventura da construção duma sociedade nova por novos caminhos: «A sociedade só se transformará se nos transformarmos a nós próprios». O movimento foi então recuperado progressivamente pelos novos movimentos religiosos que lhes ofereciam, naquele vazio ideológico e naquela abertura psicológica, a mesma ruptura com o «sistema» social vigente e um quadro de segurança, uma vida calorosa e disciplinada que reintegrava os valores de ordem da sociedade global. Os Meninos de Deus, por exemplo, nascem nos meios hippies de São Francisco – Califórnia, em volta dum antigo pastor da Igreja Metodista que quer «levar a verdadeira mensagem do Evangelho à juventude desiludida, drogada e revoltada dos Estados Unidos da América». Apresentam-se como «nómadas revolucionários que rejeitaram a velha geração perdida para trazer uma nova religião a uma geração nova» (Vernette, 2002).

Existem muitas deficiências e insuficiências no comportamento actual das igrejas tradicionais, que podem facilitar o êxito positivo das seitas e cultos. Por exemplo, a falta de uma comunidade de acolhimento, de participação social, de transcendência, de guias ou modelos de referência. Face à burocratização e ritualismo vazios das igrejas tradicionais, as seitas/cultos apresentam a sacramentalização e a celebração integradoras. Frente à falta de pontos de referência claros e seguros, a existência de objectivos claros e concretos que dinamizem a vida diária. Frente à incoerência nas religiões tradicionais entre o que se crê e o que se vive, as seitas/cultos oferecem a coerência total entre o que crê e o que se faz (Prieto, 1994).

É evidente que uma igreja demasiado condicionada pela institucionalização e não suficientemente carismática é o reverso das aspirações do homem moderno, principalmente dos jovens, que sempre incidem no extremo contrário de reduzir a igreja só ao carisma. Os jovens, manifestam uma forte rejeição pela religião clássica, da qual temem o seu carácter de ente incontrolável, despersonalizante e limitador da autonomia pessoal. Numerosos jovens ecoam o seu grito de protesto: «Cristo sim! Igreja não!» (Prieto, 1994).

 

publicado por alexandreramos às 13:52
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